Quando Nietzsche esteve
em Nápoles e observou as casas próximas ao Vesúvio, disse que para alcançar a
felicidade e colher grandes alegrias é preciso correr riscos. Ele sugeriu
construir casas nas encostas do Monte Vesúvio, que, apesar de parecer uma
atitude imprudente, daria uma bela visão do mar. Essa imagem resumia sua visão
acerca da felicidade: viver é uma coisa arriscada. Se ficarmos com medo dos
deslizamentos, perderemos a vista fantástica. Realização e felicidade não estão
relacionadas com ‘fuga’ dos problemas ou dos riscos, mas em extrair deles algo
de positivo. Nossas preocupações são uma pista do que está errado em nossa vida.
Evitar a vida não nos concede a verdadeira felicidade. Proteger-se demais é fuga e se trata de uma paz ‘covarde’, baseada na amortização das próprias sensações. Em vez de superar os desafios, a escolha feita é a de evitá-los; sem
desafios não crescimento.
Não importa as escolhas
que fizermos, os desafios existirão sempre e ciclicamente nos veremos diante de
situações que nos desestabilizarão. O que irá diferenciar as fases de desafios é o
modo como vamos administrá-los. Com o passar dos anos iremos aprender uma nova
forma de olhar para eles e nos aquietaremos entendendo que
eles irão embora da mesma forma que vieram. A diferença será a forma de reagir. Será como olhar para um velho amigo que veio nos visitar cujas
idiossincrasias já conhecemos.
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